Consoante o princípio em que se baseiam, os instrumentos de tecla podem dividir-se em dois grupos: o do órgão e o dos instrumentos cujo som é produzido por cordas vibráteis percutidas (clavicórdio, piano) ou pulsadas (cravo).
O órgão é o mais antigo dos instrumentos de tecla. A palavra “órgão” deriva do grego organon, que significa máquina, utensílio ou instrumento. Os primeiros órgãos chamaram-se organa hydraulica (máquinas hidráulicas) ou simplesmente, hydra ou hydraulis. Só a partir do século IV se lhes deu o nome de organum.
O primeiro tipo de órgão conhecido, o hydraulis, derivava de um modesto instrumento pastoril, a syrinx polycalama ou flauta de Pá. Era formado por uma série de canas — de 5 a 13 — de comprimentos diferentes e dispostas por ordem decrescente. Conforme o comprimento das canas que compunham o instrumento, assim se obtinham sons de diferente altura.
Associando a uma série de tubos decrescentes um mecanismo por ele inventado, Ctesíbio de Alexandria criou o hydraulis cerca de 246 a. C. Ctesíbio era um engenheiro especializado na fabricação de aparelhos mecânicos, pelo que não devemos estranhar que, de início, o seu invento tenha suscitado um interesse mais mecânico do que musical. Existem dois testemunhos escritos que se referem ao hydraulis. Um é de Héron de Alexandria (século I), que descreve um instrumento arcaico bastante simples. O outro é de Vitrúvio, e mostra-nos um instrumento mais evoluído, com várias filas de tubos que podiam ser utilizados simultaneamente ou em grupos separados (registros). O hydraulis funcionava por meio de um teclado formado por tiras de madeira acionadas como escoras, que permitiam ou impediam a entrada do ar nos tubos. O ar, armazenado num depósito, mantinha a pressão graças a um certo volume de água. O instrumento era constituído por três partes principais: uma base, que continha o depósito de água, e dispunha, de cada lado, de uma bomba de pistão para regular a pressão do ar; uma caixa de ar chamada “segredo”, dividida em vários compartimentos correspondentes a tubos de diferentes embocaduras (com efeito, no órgão descrito por Vitrúvio existem dois tipos de tubos: com embocadura de bisei e com palheta dupla); o teclado achava-se colocado na parte posterior do segredo. Por último, sobre o segredo, estavam os tubos, que variavam de comprimento mas não de diâmetro. O órgão hidráulico era conhecido em todo o mundo helenístico, onde gozava de grande popularidade nas representações teatrais, jogos e cerimônias ao ar livre; foi o instrumento profano por excelência e nunca chegou a ser plenamente associado ao culto religioso.
Embora, nos últimos anos da República, os romanos já conhecessem o hydraulis, parece que quem o introduziu em Roma foi o imperador Nero, que o descobriu durante a sua viagem à Grécia, aprendeu a tocá-lo e realizou até alguns aperfeiçoamentos no seu mecanismo. Em pouco tempo, o hydraulis converteu-se no instrumento preferido dos romanos, que o difundiram por todos os territórios do império.
Em 1931, encontraram-se nas escavações de Aquincum (Hungria), pedaços de um órgão junto a uma dedicatória, que permite situar a sua fabricação no ano de 228. Este instrumento, reconstruído em 1969, é particularmente interessante por se tratar de um órgão pneumático.
O hydraulis não podia ser um instrumento doméstico, por vários motivos: devido ao depósito de água, as suas dimensões eram sempre consideráveis, pesava muito e era dificilmente deslocável; além disso, a sua sonoridade era demasiado potente para ambientes restritos e, por último, o seu complicado mecanismo de alta precisão requeria constantemente os cuidados de um técnico especializado. A substituição do mecanismo hidráulico por um fole, que podia ser acionado pelo próprio executante ou por outra pessoa, permitiu a construção de instrumentos menores, próprios para serem tocados em casa. Com o tempo, o novo sistema substituiu o antigo e construíram-se órgãos pneumáticos cada vez maiores que chegaram a substituir o hydraulis em todas as suas funções; no entanto, o nome de hydraulis sobreviveu durante algum tempo aplicado ao novo instrumento.
Com a queda do Império Romano do Ocidente, o órgão desapareceu da Europa, mas a sua carreira continuou no Império do Oriente, onde chegou a converter-se no instrumento oficial da corte. Os bizantinos difundiram-no nos países árabes e, no ano de 757, de novo na Europa. Com efeito, nesse ano, com a finalidade de conquistar o apoio do rei dos francos, Pepino o Breve, o imperador Constantino V enviou-lhe uma embaixada com ricos presentes, entre os quais figurava um órgão que causou grande sensação na corte de França. Em 826, o terceiro filho de Carlos Magno, Luís o Piedoso, encomendou a um monge italiano, Giorgio de Veneza, a construção de um órgão para o seu palácio de Aix-la-Chapelle. Foi o primeiro órgão construído no Ocidente, após quatro ou cinco séculos.
Nos primeiros séculos da sua existência, a igreja cristã viu-se perante o dilema de aceitar ou não a música durante as cerimônias religiosas. Nos seus escritos, os doutores da Igreja mostraram-se fortemente contra o uso de instrumentos musicais, considerando-os impróprios para o culto. Só o canto era tolerado como forma de oração, que elevava a alma a Deus. Contudo, embora não fosse aceito na Igreja, o órgão gozava da admiração dos seus representantes; Orígenes (séculos II-III) comparou a Igreja com um órgão e S. Gregório (540-604) considerou-o o símbolo da Sancta Prædicatio.
Não dispomos de documentos que atestem a introdução do órgão na Igreja, mas pode supor-se que, depois de concluída a encomenda do rei de França, Giorgio de Veneza não resistisse à tentação de construir também um instrumento para o convento onde residia.
Além disso, é muito provável que tenha transmitido os seus conhecimentos a outros frades. Com efeito, nos séculos seguintes, os construtores de órgãos foram, na sua maioria, religiosos.
Quando se verificou que o som do órgão não só sustentava ou substituía muito bem as vozes como dava uma certa solenidade às cerimônias religiosas, o instrumento começou a ser aceito e difundido. No início do século X apareceram os primeiros tratados sobre a construção de órgãos e, cerca de 950, construiu-se, na Igreja de S. Pedro, de Winchester (Inglaterra), um órgão monumental com 400 tubos e 26 foles, que para ser tocado necessitava de dois organistas.
Este grandioso instrumento constituiu uma exceção; todos os que conhecemos da mesma época são de dimensões muito mais reduzidas.
Nos séculos seguintes, a difusão do órgão na Igreja avançou sem interrupção, até que o Concílio de Milão (1287) autorizou oficialmente a sua utilização no culto religioso.
O órgão foi também muito apreciado como instrumento doméstico. Existiam vários tipos: os mais vulgares eram o portátil, o positivo e o realejo. O órgão portátil era formado por tubos curtos de bisei, com um teclado e um pequeno fole que o executante acionava com a mão esquerda.
Tocava-se apoiando-o sobre os joelhos ou pendurado no pescoço por meio de uma correia.
Uma variante maior e mais pesada do órgão portátil foi o positivo (do latim posare), que se colocava no chão ou sobre uma mesa; quanto ao realejo, era uma versão do positivo com tubos de palheta.
Estes instrumentos, a que poderíamos chamar de salão, foram usados até ao aparecimento do clavicórdio e do cravo.
A estrutura original do órgão evoluiu grandemente durante os séculos XIII, XIV e XV. Abandonou-se a seção igual, introduziu-se a pedaleira, redescobriu-se o registro, multiplicaram-se os teclados manuais e, por último, inventou-se e desenvolveu-se a caixa do órgão. O aumento da extensão, tanto nos graves como nos agudos, tornou necessário o abandono da seção igual dos tubos que, até então, haviam tido o mesmo diâmetro, variando apenas no comprimento. Se a extensão se reduzisse a duas ou três oitavas, o instrumento funcionava perfeitamente, mas, ultrapassado esse número, os graves mostravam-se muito estreitos e os agudos muito largos. Esta observação determinou a alteração do diâmetro dos tubos, graças ao que se conseguiu variar a sonoridade um pouco estática do órgão primitivo. A invenção da pedaleira costuma atribuir-se a um tal Bernardo o Alemão, em 1470; no entanto, há provas de que os pedais foram introduzidos antes. Na evolução da pedaleira podem distinguir-se três fases:
1. Juntaram-se ao órgão uns tubos para as notas baixas chamados bordões, que se acionavam por meio de umas válvulas situadas à esquerda do teclado. A princípio, estas válvulas ficavam ao nível da mão. Mais tarde, para facilitar o trabalho do organista, foram deslocadas do lugar e transformaram-se em pedais rudimentares.
2. Numa segunda fase, foram acoplados aos baixos do teclado manual pedais que, na verdade, eram teclas e a que se deu o nome de separatio.
3. Por último, no século XIV, apareceu a pedaleira independente do teclado manual, com teclas e jogos de tubos próprios.
No século XV duplicaram-se os teclados; este acontecimento derivou da junção de dois órgãos independentes. Na realidade, durante a Idade Média, utilizavam-se dois órgãos nas igrejas: o grande órgão, que ocupava toda a nave e era fixo, e outro, o positivo, móvel, que acompanhava o canto coral e a que se chamava positivo de coro. O organista tinha de se deslocar para tocar os dois instrumentos, o que era muito incômodo. A fim de evitar este inconveniente, colocou-se o positivo atrás do organista e o respectivo teclado foi posto debaixo do teclado do grande órgão, na parte do instrumento denominada consola. Assim, o organista podia tocar num ou noutro teclado ou em ambos ao mesmo tempo. Mais tarde juntou-se um terceiro teclado, chamado em alemão Brustwerk (em francês récit, em italiano recitativo, em português positivo de peito), para os registros a solo.
Já vimos que o antigo órgão hidráulico possuía registros, ou seja, jogos de tubos de diferentes timbres que podiam ser usados separadamente ou ao mesmo tempo que os restantes. Em contraste, o primitivo órgão medieval havia perdido os registros e todos os seus tubos funcionavam ao mesmo tempo, pelo que foi designado por organum plenum. Mas, como esta sonoridade “cheia” era muito monótona, no final da Idade Média sentiu-se a necessidade de tornar a utilizar alguns jogos de tubos separadamente. Desta vez, a registração deu origem a uma nova evolução do instrumento. Procuraram-se novos timbres e construíram-se tubos diferentes dos já existentes, que se agruparam em jogos com o nome do instrumento de sopro, cuja voz imitavam: flauta, cometo, cromórnio, bombarda, etc. Por fim, nos séculos XVIII e XIX, juntaram-se os jogos que imitam os instrumentos de arco.
A última inovação introduzida na baixa Idade Média foi a caixa do órgão. Os instrumentos antigos e os da Idade Média não tinham uma caixa fechada. No século XI, cobria-se o instrumento com uma espécie de capa de tecido e madeira para o preservar do pó. A caixa de madeira começou a construir-se no século XIV, a fim de proteger os tubos. A parte dianteira ou fachada abria e fechava por meio de portas, que eram decoradas com pinturas, talhas e dourados, pelo que o órgão adquiriu uma importância arquitetônica no conjunto da igreja.
A reforma protestanteUm acontecimento de relevo — a reforma protestante — veio ameaçar a existência do órgão em alguns países europeus, precisamente no momento em que alcançara a sua maior difusão.
Lutero gostava de música e não se opunha ao canto na igreja nem ao órgão. Mas o mesmo não se pode dizer de outros reformadores: Calvino só aceitou o canto dos salmos, sem acompanhamento, e Zwinglio, embora tocasse vários instrumentos, considerava a pregação muito mais importante, pelo que proibiu não só a música como o próprio canto na igreja. Anos mais tarde, as autoridades protestantes embrenharam-se numa verdadeira batalha a favor e contra o órgão. Mas as comunidades de fiéis, que sentiam a nostalgia da música no serviço divino, começaram a ignorar as ordens das hierarquias religiosas. Graças a isso, o órgão voltou a ocupar, triunfalmente, o seu lugar na igreja. Chegou-se, assim, à época barroca, que pode ser considerada a idade do ouro da música de órgão. O instrumento foi enriquecido com novos registros e conseguiu-se um equilíbrio perfeito entre teclados, pedaleira e insuflação de ar por meio de foles aperfeiçoados. É o órgão dos grandes instrumentistas barrocos, desde Frescobaldi e Scarlatti a Pachelbel, Couperin, Händel e Bach.
O Renascimento tinha aberto outro capítulo importante na história do órgão: o aparecimento das escolas nacionais. Durante a Idade Média, os órgãos que se construíram eram idênticos em toda a Europa, mas, no século XVI, a sua forma começou a variar de país para país. A Itália, a Península Ibérica e a Inglaterra, geograficamente isoladas, desenvolveram um estilo próprio e diferenciado; em contrapartida, os países do Centro da Europa influenciaram-se mutuamente.
Características do órgão ibéricoInicialmente, o órgão ibérico era semelhante ao italiano devido ao seu teclado único e à sua concepção do jogo de pedais. Porém, a partir do século XVI, os teclados multiplicaram-se e nos órgãos muito grandes a pedaleira alcançou esporadicamente uma maior extensão (órgão de El Escorial). Tal como todos os outros, o órgão ibérico era constituído fundamentalmente pelo grande órgão ou órgão principal e o positivo ou órgão de cadeira (por estar apoiado no assento do organista); a pedaleira compreendia, em regra, oito a doze notas e dois a seis jogos de tubos. Além dos registros principais chamados “flautados”, o órgão ibérico possuía muitos jogos de “solo” labiais (címbalo, nasardo, décima-segunda, décima-quinta, flautas de diferentes dimensões, etc.) e de palheta (clarins, etc.). Mas as características mais originais do órgão ibérico foram a sua colocação e a posição horizontal de alguns jogos de tubos.
Nas grandes catedrais, o órgão, ou melhor os órgãos, eram colocados de ambos os lados do coro, que se situava no centro da nave principal, ou junto ao cadeiral, do lado do ocidente. Estes órgãos têm em Espanha duas fachadas, uma virada para o coro e outra para a nave lateral. Os jogos de trombeta estão colocados horizontalmente e em leque, fora da caixa, e representam os registros mais potentes perante a relativa pobreza do “cheio”, que acompanhava sobretudo o canto.
O órgão românticoDevido às novas exigências da música, o órgão sofreu profundas alterações no século XIX. A austera espiritualidade e a grandiosidade da música de órgão dos séculos passados já não interessava; era necessário conseguir uma maior expressividade e dotar o instrumento de uma linguagem sinfônica. Um dos problemas que se punham era como amplificar ou diminuir o som. Para o efeito, utilizaram-se dois dispositivos, um já antigo e outro mais recente: a caixa expressiva e o pedal de “crescendo”. A primeira, consiste em encerrar a parte do órgão denominada “positivo de peito” (Brustwerk) numa caixa provida de portas que podem abrir-se ou levantar-se por meio de um pedal basculante. A segunda é um dispositivo acionado também com o pé, que permite juntar novos jogos segundo uma certa ordem e passar muito rapidamente do pianíssimo ao fortíssimo.
Mas a transformação mais importante operou-se na própria composição do órgão, com a introdução de novos jogos e a supressão de alguns já existentes e, por último, no agrupamento dos teclados.
A consola foi separada do corpo do instrumento, tornando-se independente e móvel, e o mecanismo de insuflação e transmissão do ar foi renovado com resultados positivos na potência e expressividade do instrumento. O aspecto exterior do órgão também se modificou, pois deixou de ter que ver com a sua disposição interior e foi confiado à fantasia do arquiteto.
Com a redescoberta e revalorização da música renascentista e barroca operada no nosso século, viu-se que o órgão romântico do século XIX não se adequava àquele tipo de música.
Perante isso, iniciou-se no ambiente musical organístico europeu uma campanha em prol do órgão antigo, que levou a uma nova transformação do instrumento. Conseguiu-se uma síntese harmoniosa do órgão antigo e do órgão romântico, da qual resultou um instrumento muito perfeito do ponto de vista mecânico e adequado a qualquer estilo musical.
Principais elementos do órgãoO conjunto de tubos. Repartem-se por diversos registros e dividem-se em tubos de boca e tubos de lingüeta ou palhetaria. Os tubos labiais podem ser cilíndricos ou cônicos e a sua extremidade superior pode ser aberta, fechada ou semiaberta. A altura do som depende do comprimento do tubo; a intensidade, da amplitude da boca, e o timbre, do diâmetro, da forma e do material utilizado na sua fabricação. Nos tubos de lingüeta, esta é o elemento mais importante; a altura e intensidade do som dependem do comprimento da sua parte vibrátil; o tubo, chamado pavilhão, é apenas um corpo de ressonância e as suas dimensões influem unicamente no timbre. Os materiais utilizados na construção dos tubos são o cobre, o bronze, a madeira e o zinco. Antigamente, empregavam-se também outros materiais, como metais preciosos, couro, cartão, cana de bambu e vidro.
Os foles. Denominados por Bach “os pulmões do órgão”, eram inicialmente simples foles de ferreiro. Mais tarde foram modificados para evitar o seu rápido desgaste, passando a ser construídos de madeira: as pregas eram também umas pequenas tábuas de madeira muito finas, unidas por meio de dobradiças. No século XIX inventou-se um grande fole múltiplo, com um depósito de ar que assegurava uma pressão constante. Os foles moviam-se à mão — com a ajuda de diversos mecanismos para poupar esforços e pessoal — até ao século passado, quando lhes foram aplicados motores de vários tipos (térmicos, hidráulicos, de gás, etc.). Atualmente, são usados motores elétricos.
O segredo. É a parte do órgão onde se inserem os tubos. Recebe ar dos foles e está ligado aos teclados por meio de vários mecanismos.
A consola. É a parte do órgão que contém os teclados, a pedaleira e os restantes comandos do instrumento. Pode ser fixa (nos órgãos mais antigos) ou independente e móvel.
Os teclados. Um órgão pode ter um, dois, três, quatro e até cinco e seis teclados, dispostos de baixo para cima segundo esta ordem: positivo, grande órgão, Brustwerk (português, positivo de peito; italiano, recitativo; francês, récit), Oberwerk (português, realejo ou órgão superior; italiano, manuale delle ancie; francês, clavier de bombarde), e eco.
A pedaleira. Espécie de teclado para os pés, que teve diferentes formas ao longo da sua evolução.
A caixa. É o revestimento de madeira que encerra o órgão e deixa apenas à vista a primeira fila de tubos, chamados “tubos de fachada”. Para a fachada, utilizam-se os tubos da vox principalis, isto é, os mais graves de cada teclado.
Timbre: nos nossos dias, o número de registros aumentou significativamente, o que permite uma registração variada e rica em sonoridades. Numa composição para órgão, a registração equivale à instrumentação de uma peça para orquestra. Quando não é indicada pelo compositor, deve ser realizada pelo executante. Trata-se de uma tarefa difícil e de muita responsabilidade, dela dependendo a versão que se pretende obter da partitura. Basta modificar um único registro para que o caráter da obra se altere.